De volta à Praça, Renata Brás planeja viajar pelo Brasil com Ciumenta após pandemia – Observatório da TV
A retomada das gravações de A Praça É Nossa, há três semanas, funcionou como salvação para Renata Brás. Sem trabalho em função da pandemia de coronavírus, a atriz teve projetos suspensos no teatro e precisou antecipar um de seus antigos sonhos: um monólogo inspirado em sua personagem, Ciumenta, sucesso há dois anos no humorístico do SBT.
Em entrevista exclusiva à coluna, Renata Brás revela como a paralisação dos trabalhos afetou seu bolso e sua saúde mental. Após voltar à TV, ela também prepara seu retorno aos palcos. Em 25 de maio, no teatro Procópio Ferreira (SP), a atriz apresentará o espetáculo A Ciumenta, lançado em fevereiro com público reduzido e protocolos de segurança.
“Foi muito difícil, porque estava prestes a assinar dois contratos: um com o SBT e outro de uma peça com Reynaldo Gianecchini e Leticia Spiller, baseada no filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Tínhamos agenda para São Paulo e até Portugal. Pensei que nadaria de braçada em 2020, com a Ciumenta bombando na TV e eu no teatro com o Giane”, lamenta.
O espetáculo, dirigido por Jorge Farjalla, tinha estreia prevista para junho, porém foi adiado com o agravamento da crise sanitária. O elenco chegou a interromper os ensaios virtuais. “Brinco que passei a quarentena com o Gianecchini (risos)! Foi bem intenso, até a hora em que percebemos que não voltaríamos mais. Ainda estou no projeto, mas vamos esperar a pandemia terminar”, explica a atriz.
Sem trabalho, Renata admite ter sofrido crises emocionais em meados de 2020. Um encontro inesperado, contudo, mudou sua rotina durante a pandemia. Por intermédio do amigo Marcello Camargo, filho de Hebe (a atriz interpretou Nair Bello no musical sobre a apresentadora, em 2017), ela conheceu o diretor Fabrício Baliana. Os dois começaram a namorar e até hoje mantêm um relacionamento discreto.
“Comecei a namorar o Fabrício na pandemia. Ele é diretor do programa Café com Selinho, do Marcello Camargo. Quando viajamos para Caraguatatuba (litoral paulista), a cidade fechou e precisamos nos trancar no hotel. Virou um namoro! Na pandemia, nos adaptamos. Imagina um namoro sem jantar fora, sem cinema. Praticamente nos casamos. Cheguei a surtar e ele me ajudou muito, me incentivou a virar influenciadora digital, porque fiquei quatro meses sem receber um real. Não posto muitas declarações de amor porque já tive relacionamentos em que me expus muito e não deu certo“, salienta.
Além de trabalhar melhor suas redes sociais, Renata tirou do papel o espetáculo da Ciumenta, personagem criada por Carlos Alberto de Nóbrega para homenagear a mulher, Renata Domingues. O quadro rende altos índices de audiência ao SBT comentários curiosos do público para a atriz na internet.
“Meus seguidores acham que sou ciumenta porque a personagem tem o mesmo nome. Recebo mensagens de maridos que falam que a mulher é igual e de mulheres que a defendem do Apolo [marido da Ciumenta]. As pessoas se identificam com o quadro. Pedi autorização ao Carlos Alberto e à direção artística do SBT para encenar a personagem no teatro”, afirma.
Incentivada pela produtora e fotógrafa Priscila Prade, que inscreveu o monólogo para receber recursos da lei Aldir Blanc (regulamentada para socorrer o setor cultural durante a pandemia), Renata Brás acelerou a elaboração do roteiro e estreou a peça em fevereiro, com quatro sessões para apenas 35 espectadores em respeito às medidas sanitárias de combate à Covid-19. Encenar para uma plateia mascarada foi desafiador para a atriz, acostumada a sentir o sucesso de seu trabalho pelo sorriso do público.
“Não sabia se as pessoas sairiam de casa para comprar o ingresso e me ver, como seriam os protocolos contra a Covid e se o meu texto iria funcionar. Foi esquisito porque toda a plateia estava mascarada, não sabia se estavam rindo ou faziam aquela cara blasé. Percebi que deu certo quando davam algumas gargalhadas. Nos momentos mais sérios, porém, parecia que estava atuando em um aquário”, descreve.
O monólogo tem André Dias como diretor e Davi Novaes, intérprete do marido da Ciumenta no SBT, como assistente de direção. O ator optou por não dar vida a Apolo no teatro em função de outros projetos. Renata entendeu a decisão do colega, mas o convidou para trabalhar com ela nos bastidores.
Empolgada com o retorno à TV e a vacinação dos pais atriz, Renata Brás almeja expandir o sucesso do monólogo para outros palcos: “Meu sonho é viajar o Brasil inteiro com a Ciumenta. A apresentação de fevereiro foi melhor do que imaginava. Nasceu! Agora preciso que o mundo volte ao normal para colocá-la na estrada para jogo!”.
Assista a um trecho do monólogo A Ciumenta, estrelado por Renata Brás:
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